Startups Dioxd e Fitovision foram contempladas em dezembro com recursos reembolsáveis e não reembolsáveis
O Escritório de Projetos do Cocriagro – Hub de Inovação voltado ao Agronegócio – aprovou, neste mês de dezembro, R$ 565 mil em projetos de inovação para as startups Dioxd e Fitovision com recursos reembolsáveis e não reembolsáveis.
Os projetos aprovados foram em duas linhas de incentivo à inovação: Startups Anjo Inovador, linha não reembolsável do governo do Paraná, e Inovacred, linha reembolsável da Finep, operada pelo Sicoob Ouro Verde.
Tatiana Fiuza, CEO do Cocriagro, conta que o Escritório de Projetos auxilia as startups e empresas desde a análise da linha mais adequada, até a redação dos projetos. Somente em 2024, o Escritório aprovou cerca de R$ 900 mil em recursos totais.
“Há muito recurso disponível de fontes públicas para startups que queiram investir em projetos de inovação. Além disso, hoje as linhas contemplam os projetos em diferentes fases de maturação”, explica Tatiana.
Maior produção de milho com recursos reembolsáveis
O projeto da Dioxd tem como objetivo desenvolver uma solução de tratamento de sementes com gás carbônico (CO2) para a cultura do milho. Para isso, são necessários testes laboratoriais e em campo. Segundo João Barboza, CEO da startup, além das validações, o recurso vai ajudar a startup a preparar a solução para o mercado, colocando a tecnologia à disposição do produtor rural.
Ele conta que o Cocriagro não só foi importante para o processo de captação, “mas foi fundamental”, pontua. “Contratamos o serviço para escrita do projeto, mas recebemos todo um acompanhamento para que pudéssemos seguir as etapas corretamente. Isso fez toda diferença para o sucesso na captação”, explica João.
Interessante mostrar que, neste aspecto, a Dioxd buscou por um recurso reembolsável para dar o salto de inovação. “O mercado do agro tem evoluído muito rápido, novas tecnologias chegando a todo momento. A Dioxd vai seguir esse movimento. Como já temos resultados comprovados para soja e feijão, entendemos que o próximo estratégico em inovação seria uma nova cultura para o nosso portfólio”, considera João.
Identificação de doenças a partir de imagens
Já o projeto da Fitovision é voltado a uma solução inovadora com inteligência artificial para avaliação automática de imagens de doenças em soja: promovendo o manejo sustentável.
O objetivo desse projeto é desenvolver uma inovação de produto. Um aplicativo que utilizará inteligência artificial para a avaliação automática de doenças foliares em plantas de soja.
Sheila Venâncio, sócia e diretora comercial da Fitovision, explica que o principal ponto é promover uma agricultura mais sustentável, auxiliando produtores e demais profissionais do campo a identificar e quantificar as doenças de forma rápida e eficiente, otimizando os rendimentos agrícolas, reduzindo a aplicação de insumos e, principalmente, levando mais conhecimento para o campo.
“Queremos que esse aplicativo transforme a forma como os agricultores e profissionais do campo lidam com as doenças foliares na soja. Para isso, estamos nos propondo a inovar com visão computacional e IA”, observa Sheila.
Para auxiliar na captação de recursos, a startup contou com o apoio do Cocriagro. “Firmamos um contrato com o escritório de projetos, que nos ofereceu suporte especializado. Esse apoio incluiu a interpretação detalhada do edital, a elaboração de um plano de trabalho sólido e estratégico, e a melhoria significativa na construção do texto, com ênfase no caráter inovador do projeto”, explica Sheila.
Segundo ela, a Fitovision buscou recursos não reembolsáveis para acelerar o desenvolvimento de novos projetos, especialmente aqueles que envolvem inovação e risco tecnológico. “Esse tipo de recurso permite viabilizar iniciativas que exigem investimentos significativos em pesquisa, desenvolvimento e validação, reduzindo o impacto financeiro sobre a empresa”, salienta.
Ajudando no caixa das startups com recursos reembolsáveis e não reembolsáveis
Algo muito comum na busca por investimentos em startups é a conexão com investidores. “Ainda são poucas as startups que enxergam os recursos públicos também como uma oportunidade”, observa Tatiana. Por isso, ela recomenda que seja feita uma interconexão, entre recursos de investidores e linhas públicas.
O Escritório de Projetos do Cocriagro atende startups, empresas e cooperativas de todos os portes com uma avaliação a partir do perfil da empresa de como é possível captar recursos de forma estratégica.